DOSSIÊ FASSBINDER
APRESENTAÇÃO
Caro leitor,
O presente dossiê representa muitas coisas no percurso da Revista Interlúdio. Primeiramente, a dificuldade de tocar uma revista feita com garra, sem qualquer remuneração. Disso deriva a necessidade de encontrar tempo em meio aos afazeres que todos nós temos no dia-a-dia, afazeres remunerados, que nos permitem pagar o aluguel. Não podemos abrir mão dos serviços para os quais somos pagos, e tentamos sempre fazer o melhor possível em cada um deles. A consequência inevitável dessa necessidade é que o lado amador, fundado na paixão e no encontro de amigos que é a Interlúdio, acaba ficando num indesejável segundo plano.
Para piorar, a escolha pelo diretor alemão Rainer Werner Fassbinder se mostrou arrojada demais. Era um teste para a periodicidade da revista (pensada inicialmente, ao menos com os dossiês, para ser trimestral). Falhamos. Mas não desistimos. Após um ano de sua gestação (interrompida inúmeras vezes, o que é ruim, porque é melhor recomeçar do zero do que retomar algo grandioso que foi começado há tempos) apresentamos, finalmente, nosso quinto dossiê.
O esquema é o mesmo dos dossiês anteriores: alguns artigos, incluindo um de apresentação, mais pequenos textos para todos os filmes do diretor. Resolvemos colocar uma limitação aos textos, para evitar que alguns tivessem o quíntuplo do tamanho de outros (algo que certamente aconteceria). Todos os textos deveriam ter até 1.700 caracteres (contando espaços). No final, ouve uma tolerância de 99 caracteres. Ou seja, os textos não passam de 1.799 caracteres, exceto as minisséries (por motivos óbvios).
Por motivos de força maior (a confusão que é essa filmografia e a ordem confusa de lançamento dos filmes), optamos por colocar o ano que consta nos livros sobre Fassbinder, ou seja, o ano em que as obras foram produzidas. Portanto, a cronologia obedece a ordem de realização, não de lançamento, como é praxe na Interlúdio.
Espero que goste deste dossiê. Demorou, passou por inúmeras turbulências (algo que tem tudo a ver com Fassbinder, afinal), mas foi executado com a mesma paixão de sempre.
Boa leitura!
Sérgio Alpendre
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O início do Antiteater – Por Fernando Watanabe
Três filmes, um ano e o poder subversivo do melodrama em Fassbinder – Por Fernando Oriente
Literatura e cinema em Fassbinder: uma primeira aproximação – Por Cesar Zamberlan
Invenção da história: a Alemanha fraturada de Fassbinder – Por Marcelo Miranda
Fassbinder: suicidado pela sociedade? – Por Cesar Zamberlan
Apontamentos para a filmografia comentada de Fassbinder – Por Sérgio Alpendre
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FILMOGRAFIA COMENTADA
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ARQUIVO
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