Thor – O Mundo Sombrio
Thor – O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World, 2013), de Alan Taylor
Chega aos cinemas do país, a segunda produção do Marvel Studios para 2014. Dando continuidade a cronologia que se estabeleceu, vemos o Deus do Trovão resolvendo pendências deixadas em sua primeira aventura solo e no filme dos Vingadores: o reino mágico de Asgard luta para acabar com insurreições, e o carismático vilão Loki é condenado à prisão perpétua. Terminado o serviço, e porque histórias de super-heróis raramente se fazem com momentos de calma, logo surge uma outra ameaça. Para derrotar o novo inimigo, o nem sempre sábio Thor terá que pedir a ajuda do seu meio-irmão Loki – que continua o mais interessante antagonista da franquia de heróis. Superior ao primeiro filme, Thor – O Mundo Sombrio levanta a moral do menos carismático dos Vingadores.
Vindo direto do aclamado seriado Game of Thrones, do qual dirigiu diversos episódios, Alan Taylor mostra muito mais empenho do que Kenneth Branagh no longa anterior. Mesmo que vários coadjuvantes tenham pouco tempo em cena, Taylor sabe como distribuir melhor as falas dos personagens e tem plena noção de que o vilão Loki é muito mais interessante do que o mocinho fortão. Uma produção mais bem cuidada até nos quesitos técnicos, Thor – O Mundo Sombrio não é nada mais do que uma forma agradável de gastar quase duas horas na sala de cinema. Diferente de Branagh, que parece ter dirigido várias das cenas por telefone, Taylor imprime um identidade própria ao filme e acerta até mesmo nos momentos cômicos.
Na maior parte do tempo, o filme se ambienta no reino de Asgard, que com seu conceito de guerreiros medievais usando armas laser, acaba lembrando o bom Krull (Peter Yates, 1983) – que continua uma das melhores cópias de Star Wars feitas até hoje. As cenas passadas no ambiente terráqueo (Inglaterra desta vez) carregam no bom humor, em especial quando mostram Stellan Skarsgård correndo pelado pelas ruínas de Stonehenge. Ele deve estar se preparando para o novo filme de Lars Von Trier. A correria do roteiro solavanca aspectos interessantes na trama e deixa claro que o importante é a diversão, que é alcançada com certa facilidade. Sem causar apreensão, Thor – O Mundo Sombrio acaba se revelando um dos bons blockbusters do ano.
Leandro Cesar Caraça
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