Megadeth
Megadeth – Th1rt3en (2011)
Th1rt3en será saudado pelos fãs como um dos melhores discos do grupo de Dave Mustaine. A razão para isso é simples: suas treze faixas caminham sobre terreno seguro, testado e aprovado nos trabalhos anteriores. Dave Mustaine volta conservador e sem ousadia, o que, em um gênero como o heavy metal, não é necessariamente ruim.
Bastante inferior ao trabalho anterior – o ótimo Endgame (2009) -, o álbum se equilibra entre momentos de brilho esparso e outros onde soa apenas burocrático. A abertura, com “Sudden Death”, apesar dos riffs interessantes, não evolui para uma composição que mereça maiores atenções. O mesmo vale para faixas como “We the People”, “Guns, Drugs & Money” e “Black Swan”, que apenas preenchem espaço. No entanto, quanto acerta a mão, Mustaine acerta mesmo. “Public Enemy No. 1” é excelente, unindo o hard rock e o metal com enormes doses de melodia. “Fast Lane” é um meio termo entre a sonoridade de Countdown to Extinction (1992) e Youthanasia (1994), enquanto a balada “Millennium of the Blind” se destaca por sair do comum e trazer um pouco de ousadia a um disco que tem os dois pés ficados no tradicionalismo.
O Megadeth é uma banda histórica e que merece respeito por tudo o que já produziu, mas isso não evita que, vez ou outra, o grupo cometa pequenos deslizes. Th1rt3en é um desses escorregões. Pouco inspirado, repetitivo em diversos momentos, é indicado apenas para os fãs. Se você é um deles, compre, nem que seja apenas para não deixar um espaço em branco em sua coleção.
Ricardo Seelig
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