Ano VII

Kiss

quinta-feira mar 8, 2012

 

Diz o José Damiano que o Kiss é igual a uma criança. Você vê, acha bonitinho, faz alguma gracinha, mas depois vai se juntar aos adultos. A ideia é boa, mas não é bem assim. Ou até é, já que a banda costuma agradar bastante os pré-adolescentes. Mas que mal faz em voltarmos à infância de vez em quando?

Por Sérgio Alpendre

 

Kiss (1974) 1/2

Este primeiro disco esboça a sonoridade meio infantil / meio selvagem que iria fazer a fama da banda. Permanece um registro muito forte, com algumas composições que renderiam muito bem ao vivo. O que se nota é que, apesar de não identificarmos nada de novo ou original na banda, identificamos que surgia algo com muita personalidade, coisa que bandas como Slade e Grand Funk dariam a alma para ter. Destaques: Strutter, Nothing to Lose, Deuce.

 

Hotter Than Hell (1974)

Com a stoniana e deliciosa "Got to Choose" inicia-se um dos discos mais prejudicados pela qualidade de gravação entre todos os que ouvi. O material composto e a sonoridade pretendida tinham tudo para dar numa obra-prima, possivelmente o melhor disco da banda. Não é o que acontece. Tudo é abafado, meio sem vida, o que é uma lástima, já que as canções realmente são de primeira. Como o MP3 tende a diminuir bastante as diferenças de gravação, nivelando tudo por baixo, o ouvinte de hoje talvez não perceba essa grave insuficiência. Quem for ao glorioso vinil, contudo, vai perceber, e lamentar, como eu. Destaques: Parasite, Goin' Blind, Strange Ways.

 

Dressed to Kill (1975)

Aqui a sonoridade clássica do Kiss é finalmente dilapidada, em um disco de produção mais redonda, sem tirar com isso o aspecto cru da banda. Em trinta minutos e dez faixas, a banda desfila rocks certeiros, como vândalos cantantes nas ruas de Nova York – apesar de seus trajes imitando os mods ingleses na capa. É deste disco o hino "Rock and Roll All Nite", que apesar de não ter enjoado, fica fora dos destaques por já não empolgar tanto quem tenha mais de 15 anos. Destaques: Room Service, Rock Bottom, She.

Alive ! (1975)

Primeiro duplo ao vivo da banda e um dos discos que estabeleceram o Kiss como um dos grandes feitos do hard rock americano.

 

Destroyer (1976) 1/2

Dos três melhores discos do Kiss, dois são mais ou menos experimentais. Destroyer e The Elder têm muito mais coisas em comuns do que pensam os que rejeitam o segundo. Ambos foram feitos como tentativa de explorar novos territórios musicais, e flertam com o art rock em diversos momentos. Se em The Elder as baladas funcionam melhor, em Destroyer os rockões botam pra ferver. Apesar de que uma lenta maravilhosa como "Beth" não se pode menosprezar. As três primeiras do disco, por exemplo, estão entre os melhores rocks de toda a carreira da banda, mas são bem diferentes das faixas pesadas dos três primeiros discos. São cheias de efeitos sonoros, e têm melodias diferentes. No lado B estão alguns rocks mais paradigmáticos da sonoridade da banda, faixas como "Flaming Youth" e "Shout it Out Loud". Destroyer só não é uma obra-prima máxima porque "Great Expectations" pega pesado no lado meloso da coisa, algo que "Beth", a outra faixa lenta, sabe evitar muito bem. Destaques: King of the Night Time World, Beth, Do You Love Me.

 

Rock'n'Roll Over (1976)

Um disco que abre com faixa tão poderosa quanto "I Want You" não tem como ser menos que ótimo. E Rock 'n' Roll Over certamente não é. Trata-se de um retorno ao ambiente "feroz para crianças" que grassava até Dressed to Kill, com uma curiosidade: é o primeiro disco de estúdio sem sequer uma composição de Ace Frehley (que pra compensar, arrasa com sua guitarra em "Making Love"). Destaques: I Want You, Ladies Room, Hard Luck Woman.

 

Love Gun (1977)

Para alguns fãs da banda, este é o melhor disco entre todos os que fizeram. O que não surpreende, porque aqui podemos encontrar faixas absurdamente clássicas como "I Stole Your Love", "Love Gun" (as duas melhores, ambas compostas por Paul Stanley), "Plaster Caster", "Christine Sixteen" e "Shock Me" (a única composta por Ace Frehley). Talvez nenhum outro disco do Kiss (Destroyer à parte) tenha tantas canções conhecidas do grande público. Outros já o consideram um disco de crise, antecipando o que aconteceria em Dinasty (por sinal, um belo disco de crise, assim como os dois que vieram depois dele). Equivocado pensar assim. Os primeiros, se exageram no amor ao disco, estão mais certos por se tratar de um Kiss quintessencial, além de representar o auge da popularidade da banda. Se o disco não está à altura de Kiss, Dressed to Kill ou Destroyer é pela intensidade das faixas que preenchem o restante do álbum. Temos desde as insossas "Got Love For Sale" e "Almost Human" (duas compostas por Simmons, que fase!) às classudas, mas triviais dentro da carreira deles, "Tomorrow and Tonight" e "Hooligan", além de uma cover no máximo competente de "Then She Kissed Me". Destaques: I Stole Your Love, Love Gun, Plaster Caster.

Alive II (1977)

Não tão bom quanto o primeiro Alive, este segundo duplo ao vivo ainda assim confirmaria o carisma da banda em shows. 1977 marca o auge de sua popularidade. Nada melhor que encerrar o ano com mais um duplo ao vivo, dois anos e três álbuns de estúdio depois do primeiro registro de shows.

Ace Frehley (1978) 1/2

Gene Simmons (1978)

Paul Stanley (1978)

Peter Criss (1978)

Em 1978, os quatro mascarados levaram à cabo uma ideia que só eles mesmos poderiam fazer sem cair no ridículo: lançar quatro discos simultaneamente, com representações da persona roqueira de cada um deles. Ao contrário do esperado, o fracasso comercial foi grande.

Os quatro alternam bons e maus momentos, sendo que o de Ace é sensivelmente superior, comprovando que era negligenciado nos discos da banda, pois suas composições são fortes o suficiente para segurar um álbum completo. Nos discos seguintes da banda a participação de Frehley como compositor aumentaria.

O de Gene e de Paul tendem a se parecer mais com um disco do Kiss, a não ser pelos arroubos piegas do primeiro e pela tendência pop do segundo. O de Criss, como esperado, explora uma outra faceta da banda, que estava à espreita e se mostraria com mais força nos discos da virada para os anos 1980. A carta de intenções é certamente "You Matter To Me", algo como uma paródia das paradas de sucesso da era Disco. Trata-se de uma balada animada e melodiosa, pronta para estourar nas FMs do mundo inteiro (o que obviamente não aconteceu, infelizmente para as rádios). É um disco muito melhor do que pintaram à época. Não entenderam o redirecionamento de um dos membros da banda, justamente aquele que ousara se distanciar do ninho.

Dynasty (1979)

Para quem só gosta de rock, este disco não serve. Para os que já se livraram de amarras e preconceitos, é um belo disco pop. Logicamente o fã de rock, como todo fã, vai chiar num primeiro momento. Depois, alguns deles possivelmente irão reavaliar o disco. Foi o que aconteceu a partir do final dos anos 1980, quando Dynasty deixou de ser uma vergonha para ser um disco agradavelmente estranho. O flerte com a disco ("I Was Made For Lovin' You Baby", "Dirty Livin'") e com o pop mais vulgar ("Sure Know Something", "Magic Touch"), e os esforços para não desagradar totalmente os fãs (todas as outras faixas) dão um sabor especial a este disco que, injustamente, marca uma decadência comercial (e só) que iria durar até Creatures of the Night. Destaques: Sure Know Something, Hard Times, Save Your Love

Unmasked (1980) 1/2

Flertar com a disco eles já tinham visto que não pode. E flertar mais abertamente com o pop, pode? A meu ver, sim. Aliás, poderia flertar com a disco também. Mas tem muito moleque que torce o nariz para tudo que não seja rock, esquecendo-se que o Kiss sempre foi rock e, de certa forma, pop. Segundo Gregg Prato, do All Music Guide, Unmasked disparou nas vendas nos EUA, conseguindo disco de ouro em pouco tempo, mas teve uma queda impressionante pouco depois porque a banda fracassou em montar uma turnê efetiva pelo país e porque as canções do disco seriam facilmente esquecíveis. Bem, da minha parte posso dizer que discordo fortemente dessa opinião. Se por esquecível ele quis dizer "pop", então tudo bem. Mas sabemos que não é o caso, pois o escriba em questão admira sempre o bom pop. O caso é de incompatibilidade entre o gosto dele e da banda para tal pop. No meu caso ocorre o contrário. Acho que o Kiss sempre se notabilizou por criar belas melodias. Portanto, seja no rock, no pop ou em baladas bregas, sempre haverá uma linha melódica que me fale alto (no rock farofa, veremos, eles se afundariam, mas isto fica para mais adiante). Neste disco injustiçado, tido como uma pedra na carreira da banda (quase tanto quanto o seguinte, Music From The Elder), dá para destacar as melodias incríveis de "Shandi", "Naked City" e "She's So European", para ficar só em três e seguir a regra que eu mesmo criei (se puder escolher uma quarta, que seja "Torpedo Girl"). Voltando ao texto do Prato, embora ele se engane quanto a algumas das canções que sejam fillers (faixas colocadas para encher o tempo do LP) – só "Tomorrow", entre as que citou, merece estar nessa categoria -,  acertou que o disco tem um número maior do que o desejável desse tipo de canções – além da citada, "You're All That I Want" e "To Sides of the Coin", que ele salva, podem ser assim consideradas. É uma pena, pois os momentos altos são realmente altos. Destaques: Shandi, Naked City, She's so European.

Music from The Elder (1981) 1/2

Se melodia for o quesito, e creio que deveria ser em se tratando de música pop e de Kiss, este disco é insuperável. Não importa se o tal filme é inexistente ou invisível. O que importa é que as melodias criadas aqui são de altíssimo nível. Obviamente é um disco estranho, entende-se por que afastou os fãs. Mas é muito bonito também. Talvez seja necessário um pouco mais de paciência do ouvinte. Não é prudente descartar o disco depois da primeira audição. Destaques: Only You, Odyssey, Under the Rose.

Creatures of the Night (1982)

Uma volta à sonoridade mais crua que os caracterizou, com uma roupagem mais pesada do que a dos discos dos anos 1970, como mandava o atual figurino oitentista (NWOBHM, thrash metal à espreita, sendo burilado já em alguns álbuns mais pesados). É um disco extremamente forte, ainda que faixas como "Killer" e "Danger" estejam um pouco abaixo da média atingida nos discos anteriores. A inevitável "I Love it Loud" cansou um pouco pelo massacre da mídia. Mas não dá para negar que seja uma faixa muito eloquente em sua fúria. "Saint and Sinner" é estranha. Tem uma linha matadora de baixo/bateria. Chega no refrão fica meio chocha. Uma pena. Ainda assim, não dá para ser considerada filler. O encerramento que convém a um disco com tal força vem com "War Machine", uma das melhores composições de Gene Simmons (aqui, como é constante neste e em outros discos da banda, em parceria com hitmakers de plantão). Após uma viagem pop e uma viagem espacial em dois discos injustiçados e belos, o Kiss entraria definitivamente nos anos 1980 com Creatures of the Night, mais um disco azul, como Destroyer. Destaques: Creatures of the Night, I Still Love You, War Machine.

Lick it Up (1983) 1/2

Continuação digna de Creatures of the Night que ficou marcada por ser o disco em que eles tiram a máscara. Foi mais um golpe de marketing, mas o fato é que a banda decaiu em seguida, fazendo discos comerciais demais (nos anos 1970 eles também eram comerciais, mas o comercial da época era bem melhor que o hair rock dos 80s). Lick it Up, contudo, permanece forte, desde sua abertura com "Exciter" até o encerramento com Simmons mais uma vez, "And On the 8th Day". Em estrutura é bem semelhante ao sucesso anterior, sem uma lenta pungente como "I Still Love You", mas com uma faixa impressionante abrindo o lado B, "All Hell's Breakin' Loose". As fillers estão presentes também, com "Not for the Innocent", "Gimme More" e "A Million to One". Destaques: Exciter, Young and Wasted, All Hell's Breakin' Loose.

Animalize (1984)

Talvez a cotação deste disco fosse mais alta se não fosse a faixa "Burn Bitch Burn", que soa mais ou menos como se a Xuxa gravasse rock pesado. Um horror, a pior música do Kiss até então. O LP começava até bem, com a pesada "I've Had Enough" e o hit melodioso "Heaven's on Fire". Volta a ganhar pontos com a bela balada "Thrills in the Night". Mas três das quatro composições de Gene Simmons são preguiçosas demais, e puxam o disco para baixo. Se não fosse "Murder in High Heels", que é ótima, sua participação no disco seria vexatória. No All Music, Greg Prato argumenta que ele estava mais preocupado com a carreira cinematográfica, então incipiente, e deixava o Kiss em segundo plano. Pode ser. Mas esse afastamento espiritual causou a pior fase da carreira da banda, só superada – e apenas parcialmente – com Revenge, já nos anos 1990. Destaques: Heaven's on Fire, Thrills in the Night, Murder in High Heels.

Asylum (1985) 1/2

E tinha como piorar. Asylum é tão fraco que seria rejeitado futuramente por Simmons e Stanley. Só "Tears are Falling", faixa bem bonita por sinal, se salva da fogueira. OK, "Who Wants to Be Lonely" também.

Crazy Nights (1987)

Disco farofa abaixo da crítica, do qual não se pode falar sem obter dores estomacais profundas. Como nada se salva, passo para outro.

Hot in the Shade (1989)

Greg Prato matou a charada. De Animalize em diante eles tentaram a todo custo seguir as pegadas de Bon Jovi e Def Leppard, mas não conseguiram se igualar ao primeiro na parada de sucessos ou chegar a uma unha do dedo mindinho do segundo, na qualidade. Com Hot in the Shade, tendo New Jersey e Hysteria no horizonte, fizeram melhor, um disco ao menos mais pesado, sem a tecladeira nojenta de Crazy Nights. Mas não o suficiente para sair da estagnação criativa que acometeu a banda após Lick it Up. "Read My Body" realmente é calcada em "Put Some Sugar on Me", do Def Leppard, e talvez por isso seja uma das melhores deste disco. Destaques: Betrayed, Read my Body.

Revenge (1992) 1/2

Após uma década triste e a derrota de Eric Carr para o câncer em 1991, nada melhor do que ressurgir com um álbum mais pesado, como nunca antes eles haviam sido, e intitulado Revenge. Infelizmente, não é o disco redondo que os fãs pensam que seja. Tem muitas faixas nele que só estão ali para compor os 48 minutos de duração ("Tough Love", "Spit", "I Just Wanna", "Thou Shalt Not"). Do outro lado, o que leva o disco para cima, tem a cover de Argent, "God Gave Rock'n'Roll to You", e a faixa de abertura, uma porrada bem dada nos discos anteriores. É pouco ainda para uma verdadeira vingança. Destaques: Unholy, God Gave Rock'n'Roll to You, Domino.

Alive III (1993) 1/2

Mais um duplo ao vivo, desta vez desnecessário. Virou moda, a partir dos anos 90 (medalhões de nossa MPB que o digam) lançar discos ao vivo aos carrilhões. Nem é tanto o caso do Kiss, já que este surge 16 anos após o anterior. O problema está no que ouvimos, que não é ruim, mas poderia ser melhor e mais envolvente (algo necessário em se tratando de Kiss), e na inevitável pergunta que nos assalta: "para quê?". Ao menos ressuscitaram uma boa música de Hotter Than Hell, "Watching You". Destaques: Creatures of the Night, Heaven's On Fire, Watching You.

MTV Unplugged (1996)

Em primeiro lugar, preciso dizer que odeio unpluggeds. Servem para suavizar o rock para as plateias boçais que dominam a MTV (e a televisão como um todo). Então o máximo que um disco desses pode almejar é não passar vergonha. Alguns conseguem algo mais, atingem a dignidade, caso dos álbuns similares de Neil Young, Paul McCartney e Lobão (talvez eu esteja esquecendo alguém). Gene Simmons já disse que o Kiss nunca teve dignidade, eu sei. Mas nesse caso não chega nem a ser digno de sua indignidade. E conseguiram estragar uma maravilha como "Beth". Cadeia neles. Música de luau para um pessoal metido a hippie.

Carnival of Souls (1997)

Gravado entre 1995 e 1996, arquivado por um ano e meio e lançado somente após o buchicho causado pela circulação dos piratas, Carnival of Souls é o Kiss renascido das trevas, finalmente, algo já esboçado, mas não concretizado, em Revenge. Realiza também uma atualização à nova sonoridade imposta pelo grunge (como fica claro em várias faixas, sobretudo "I Walk Alone", que lembra muito Alice in Chains) e pelo metal mais pesado de bandas como Pantera. E o mais importante: em momento algum é abandonado o senso melódico tão caro à banda desde o início. Destaques: Rain, Childhood's End, I Walk Alone.

Psycho Circus (1998)

Disco enxuto, como na época dos LPs. Talvez isso tenha ajudado nesse processo de resgate da força por meio de uma atualização sonora possível comercialmente, a essa altura, já que o rock mais pesado deixava novamente o gueto para se tornar mainstream. Não há neste disco faixas tão fortes como "Rain” ou "Childhood's End", do disco anterior, mas ao menos sua coesão é inédita nos trabalhos da banda desde Creatures of the Night. Até mesmo as baladas bregas, "We Are One" e "I Finally Found My Way", funcionam bem no conjunto. Destaques: Psycho Circus, I Pledge Allegiance to the State of Rock'n'Roll, Dreamin'.

Kiss Symphony: Alive IV (2003) 1/2

A esta altura, após versões perfeitas da maior parte das músicas aqui em discos ao vivo dos anos 70, não faz muito sentido esperar que haja algo muito animador a respeito deste quarto duplo ao vivo na história da banda. Mas há, de certa forma, um diferencial, ainda que não seja o suficiente para que o disco seja realmente bom. Há poucas músicas que não pertencem aos anos 70 nesta seleção (e infelizmente "Forever", do fraco LP Hot in the Shade, é uma delas). A orquestra, por sinal, está lá para quê mesmo? Ah, sim, para misturar alhos com bugalhos. Destaques: Strutter, Sure Know Something, King of the Night Time World.

Sonic Boom (2009)

Nada de novo no fronte. Mas nesse fronte existe espaço para rocks bacanas e básicos como "Modern Day Delilah", uma empolgante abertura, "Never Enough", que poderia estar tranquilamente em Rock'n'Roll Over ou Dressed to Kill, e a melodiosa "Stand". A esta altura, pouco se pode dizer de um disco do Kiss numa discografia comentada. As palavras tendem a se repetir. O bom é relaxar e curtir mais um bom disco de estúdio da banda, o terceiro seguido. Destaques: Modern Day Delilah, Never Enough, Stand.

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