Ano VII

Minha alma

sexta-feira fev 24, 2012

POEMA: Bruna Pestana Bezerra

 

 

Minha alma é texto, e meu corpo… papel.

Com esboços sujos e traços tortos, o grafite invade o tão sublime papel,

Anexando a ele textos, cores, alma.

Um simples objeto, no ver dos leigos tão insignificante, é o encontro de corpo e alma, texto e papel, vida e poesia, que traz norteios, dúvidas, sentimentos, incertezas, focos, eu, à vida.

Xiuuu, fale baixo, os Deuses podem ouvir…

Os Deuses sempre querem o que há de melhor e, se ouvirem, podem pegar os textos sem aviso prévio.

Eles sempre levam tudo, retiram os grafites das mãos, impedem os textos de encarnarem no papel. Por isso, corre!

Corre, risca, risca, risca, apaga, grita, chama, risca, corre, clama, ama, risca…

Que os textos que já estão no papel, dele não podem ser tirados, são perpétuos.

Os Deuses podem impedir novos textos, mas não podem apagar da memória os que já foram lidos, não podem retirar do papel os que já foram escritos.

Então escreva, viva, sempre intensamente, sem parar, pois sua essência, seu texto, sua alma, sempre estará lá.

 

 

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Bruna Pestana Bezerra faz administração, mas escreve e sonha em abraçar o mundo. Voa alto sem tirar os pés do chão, porque tem medo de altura.

Fale com ela (mas fale baixo): bruninha_pb@hotmail.com

 

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Mais Gritos e Sussurros:

- Seu corpo é o que você come; sua mente, o que você assiste

- Fluir

- Brasil Pandeiro?

 

 

 

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